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Entender o consumo de carne no Brasil é importante para compreender sobre hábitos culturais, economia e outros aspectos da população. Sendo assim, a carne faz parte da dieta diária da maioria dos brasileiros.
Com os dados sobre consumo de carne no Brasil você poderá fazer diferentes tipos de análises. Portanto, tenha em mente que o Brasil é um dos maiores exportadores de carne do mundo.
Vamos te ajudar a entender tudo sobre o consumo de carne no Brasil. Você se surpreende com esses dados e poderá compreender profundamente a situação atual de diferentes formas.
Como funciona o consumo de carne no Brasil?

O Brasil é um dos maiores países do mundo em extensão e possui um potencial gigantes para agropecuária. São vários os fatores que tornam o país tão propenso à criação de gado e desenvolvimento agrícola.
Contudo, após dois anos de alta, a realidade é que o consumo de carne bovina pelos brasileiros voltou a cair. A projeção de resultados é da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que possui vínculo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Em 2024, o consumo de carne no Brasil per capita chegou a 35 kg por habitante. Essa foi a maior média desde 2014, mas, para 2025, a projeção indica um recuo de 9%: o consumo per capita neste ano é de 31,9 kg.
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A Conab destaca que 2025 é o ano da tendência de início de reversão do ciclo pecuário. Dessa maneira, os criadores de gato devem começar a retenção das fêmeas.
Neste cenário, a expectativa é que a produção total de carne bovina no país seja menor que no ano anterior, onde estima-se que foram produzidas 10,37 milhões de toneladas. Ainda assim, 2025 ainda será o segundo maior ano em questão de produção de carne bovina no Brasil.
Entender como o mercado brasileiro e o sistema pecuário funcionam será fundamental para compreender sua relação com consumo. Vamos apresentar dados relevantes sobre a situação atual.
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Exportação e tarifas
Um dos principais acontecimentos que marcou o 2025 dos brasileiros foram às tarifas dos Estados Unidos sobre diversos produtos brasileiros. Portanto, é impossível ignorar seu impacto quanto falamos sobre consumo de carne no Brasil.
A carne bovina é um dos produtos vítima das tarifas dos Estados Unidos. Vale destacar que esse país é o segundo maior parceiro comercial do Brasil.
Apesar das tarifas que os americanos impuseram sobre a carne brasileira, as exportações seguem em um excelente momento. A estimativa é que 3,86 milhões de toneladas irão para o exterior até o fim do ano.
No mês de março, o crescimento na exportação de carne bovina foi de 30,2%. Enquanto isso, o acúmulo de alta no primeiro trimestre de 2025 foi de 12,8%, segundo dados da Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne).
A atual situação, onde há queda na produção e maior demanda do exterior, pode levar a diminuição do consumo interno. Assim, o índice interno poderá se mostrar igual ao de 2023, onde houve o consumo de 6,58 milhões de toneladas.
Contudo, essa estimativa poderá ser equilibrada graças ao aumento na produção das demais proteínas. Dessa forma, a Conab indica que o consumo per capita das três principais proteínas será maior que 102 kg ao ano, de acordo com a Conab.
Impacto da inflação no consumo de carne no Brasil

São vários os fatores que influenciam o mercado, mas um dos principais é o poder de compra dos brasileiros. Sendo assim, não podemos ignorar os principais índices de inflação no Brasil.
O preço dos produtos é determinante para que os brasileiros o consumam ou não. Neste cenário, destacamos que a carne bovina apresenta aumento em seu preço desde setembro de 2024.
Em abril houve uma queda de 0,61% no preço, mas, de acordo com o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15), o acumulado de 12 meses no período de 12 meses indica uma alta de 22,16% para esse produto.
Essa alta fica muito acima da inflação do período, que foi de 5,49%. Vale ressaltar que o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) é o responsável pelo índice IPCA-15.
O corte de carne bovina que apresentou maior alta no período foi o acém, que aumentou seu preço em 26,39% no acumulado de 12 meses. Outros cortes com aumento significativo foram o lagarto (23,40%), patinho (23,39%) e contrafilé (23%).
Apesar da alta, o consumo da carne bovina segue em crescimento no Brasil. Mesmo com o tumultuado ano de 2025 economicamente, os brasileiros valorizam a carne bovina como parte fundamental de suas refeições.
Atualmente, o consumo de corte premium como bife (34,8% em volume) e alternativas mais acessíveis como carne moída (15,6%) são os mais populares. Vale destacar que o acém (6,1%) e a alcatra (1,7%) também continuam em alta.
O preço da carne
Vários aspectos influenciam na precificação da carne para consumo interno. Desse modo, é importante se manter atento à certos indicadores para entender as tendências do mercado.
Sendo assim, quando há maior disponibilidade de rebanho para abate, a oferta desse produto é maior. Além disso, esse é um fator que permite que o preço da carne bovina mantenha sua estabilidade durante o período.
Os preços de rações, como milho e soja, também influenciam diretamente na precificação da carne bovina. Isso porque o repasse da alta das rações acontece na carne também.
Outro componente que impacta diretamente a precificação da carne bovina é o valor do dólar. Portanto, quando há a queda no valor do dólar, a carne tende a baixar seu preço.
O aumento das exportações e fatores externos, como guerras comerciais, também são um fator de grande relevância. Acompanhar as notícias sobre a economia global é indispensável para entender a precificação desse produto tão importante para o consumo familiar dos brasileiros.
Conclusão sobre consumo de carne no Brasil
O consumo de carne no Brasil vive um aumento de alta e, apesar dos desafios no ano de 2025, a perspectiva segue positiva. Dessa maneira, a estimativa é que esse ano cada habitante do país deve consumir, em média, 31,9 kg.
O ano de 2024 registrou consumo de carne bovina recorde no Brasil. Contudo, em 2025 alguns fatores como o ciclo pecuário devem contribuir para uma diminuição.
A guerra tarifária, alta do dólar e do preço das rações impactam na precificação da carne. Ainda assim, os brasileiros seguem consumindo carne diariamente em suas refeições, contribuindo para a economia nacional.
